Orelha de abano: quais são opções para corrigir?

A orelha de abano, ou orelha proeminente, é uma má formação no desenvolvimento da região, com grande influência genética. Pacientes com orelha de abano apresentam as seguintes características:

• atenuação do sulco anti helical, a dobra mais externa da orelha;
• aumento da concha, a parte de dentro;
• aumento do ângulo concho-escafal, o encontro entre a parte de trás da orelha com o osso.

Essas características fazem com que a porção lateral da orelha fique mais afastada da cabeça, se tornando mais visível, o que dá a impressão de que a orelha é maior que o normal.

Sem oferecer riscos à saúde, o principal incômodo causado pela orelha de abano é o estético, que gera desconforto emocional. Em caso de crianças e adolescentes, pode prejudicar o desenvolvimento da autoconfiança e autoestima.

Como é a cirurgia para correção das orelhas de abano (otoplastia)?

A principal cirurgia para correção da orelha de abano se chama otoplastia. O procedimento é realizado para minimizar deformidades, corrigir assimetrias de forma, tamanho e angulação das orelhas. Recomenda-se que ela seja feita entre seis e sete anos, quando a orelha já está completamente formada, de modo que a cirurgia não irá interferir no processo.

Durante a cirurgia, o médico fará um pequeno corte na parte posterior da orelha. Em seguida, irá criar uma nova dobra da orelha, permitindo que fique junto da cabeça. Se necessário, o médico removerá o excesso de cartilagem e fechará os cortes, com sutura. Os resultados são quase imediatos e podem ser vistos assim que o esparadrapo, que é colocado após a cirurgia, é retirado.

O procedimento cirúrgico demora cerca de uma hora, mas o paciente deverá ficar no hospital de 6 a 12 horas, dependendo da anestesia e reação. Nas crianças, é utilizada a anestesia geral e, nos adultos, anestesia local com sedação.

Pós-operatório da cirurgia

No pós-operatório, é normal sentir dor local. Por isso, o médico recomendará medicamentos para aliviar o incômodo e até mesmo evitar infecções. A orientação é que se evite coçar a região operada, pois, pelo inchaço, a sensibilidade da pele está diminuída. Um simples arranhão pode rasgar a pele, fazer sangrar, ou levar bactérias ao local em cicatrização, provocando infecção.

Novas técnicas para correção das orelhas de abano

Existe ainda um novo método para correção da orelha de abano: um molde de silicone aprovado em 2016 pela Anvisa, o Earwell. Os moldes trabalham com um conjunto de forças contrárias para reposicionar a cartilagem da orelha. O produto é mais barato que uma cirurgia, mas, para dar resultado, precisa ser colocado antes dos 45 dias de vida da criança, com trocas a cada duas semanas.

Na infância e na idade adulta, qualquer deformidade na orelha só pode ser resolvida com cirurgia. O produto corrige, além de orelhas de abano, orelhas murchas, pontudas ou em formato de concha.

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